São Bento do Sul
No fim da tarde de sexta-feira (19), a secretária de Saúde, Carmen Regina Binotto, concedeu entrevista coletiva, no auditório da Prefeitura, para falar sobre o andamento das ações de enfrentamento à pandemia da Covid-19 em São Bento do Sul. A coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Cristiane Jantsch Sestren, também participou, juntamente com o diretor do Departamento de Assessoria a Gestão do SUS, Rafael Casagrande.
De acordo com a equipe de Saúde, São Bento do Sul já aplicou 1.363 doses da vacina contra a Covid-19, desde 20 de janeiro. Deste total, 1.052 são referentes à primeira etapa da vacinação e 311 já tomaram a segunda dose. As informações também podem ser vistas no vacinômetro divulgado pela Prefeitura nas redes sociais.
Cristiane destacou no evento que São Bento do Sul segue o Plano Nacional de Vacinação, o qual determina que na primeira fase o público-alvo da campanha são profissionais da saúde que atuam na linha de frente no combate à pandemia. O motivo para isso é garantir que as equipes estejam em condições de atender a população que busque atendimento médico. Os idosos acima de 90 anos também já foram protegidos.
A próxima remessa de vacinas será destinada aos idosos de 85 a 89 anos e os demais trabalhadores da saúde com mais de 50 anos, desde que estejam na ativa. “A Comissão Intergestores Bipartite divulgou uma nova deliberação quanto à vacinação dos trabalhadores de saúde.
A partir do recebimento de novas doses destinadas aos trabalhadores de saúde, deverão seguir os grupos de priorização os trabalhadores de saúde que atuam na área de vigilância em saúde (epidemiológica, sanitária e laboratorial), trabalhadores de saúde que atuam em clínicas, hospitais, ambulatórios, laboratórios e demais estabelecimentos de saúde, acadêmicos da área de saúde em estágio curricular que atuam em hospitais e unidades de atenção primária, clínicas e congêneres, e demais trabalhadores de saúde, incluindo autônomos”, disse.
Para cada grupo de trabalhadores de saúde deverá ser seguida uma ordem até que todos os trabalhadores de cada grupo sejam vacinados, antes de passar para o grupo seguinte. A ordem é: 60 anos ou mais e portadores de comorbidades (independente da idade), 50 a 59 anos, 40 a 49 anos, 30 a 39 anos e menores de 29 anos.
“No caso dos profissionais da saúde, eles devem possuir registro no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), assim como é necessário que os profissionais façam cadastro na Vigilância Sanitária. A vacinação dos trabalhadores de saúde ocorrerá de forma paralela com os demais grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde”, comentou Carmen.
Outro tema tratado na coletiva foi para explicar que a vacina contra a Covid-19 não é indicada para menores de 18 anos e gestantes. Já o paciente que está com a doença, comprovada por teste laboratorial, a vacina só deve ser aplicada 30 dias após a realização do exame. Quem possui sintomas gripais semelhantes aos da Covid-19, mas com resultado negativo em exame, só pode se vacinar após 15 dias desde que estejam recuperados.
“Não foi a Secretaria de Saúde quem elaborou o roteiro para vacinação.
Tudo foi determinado pelo governo federal e a Prefeitura tem seguido rigorosamente as determinações. O protocolo leva em consideração os dados com base na movimentação dos pacientes. Como muitos procuravam primeiro o hospital, por este motivo o Sagrada Família foi um dos locais priorizados”, comentou a enfermeira.
Por isso algumas clínicas do município tiveram seus profissionais imunizados e outras não, pois estes locais são justamente os mais procurados por pacientes com sintomas ou doentes. Cristiane ainda lembrou que existem questionamentos sobre o motivo de as faxineiras terem sido vacinadas. “Porque são elas que entram nas salas para fazerem a limpeza do local onde passou algum paciente que poderia estar com o vírus”, explicou.
Ela reforçou que o objetivo sempre foi garantir que todos os serviços essenciais fossem mantidos para atender aos pacientes, e como não existem ainda doses de vacinas para todos, então foi criada essa rede de prioridade.
Cuidados devem continuar - Carmen voltou a pedir que a população respeite o isolamento social, não gere aglomerações e siga mantendo todos os cuidados como a higiene das mãos e o uso de máscaras, pois a pandemia ainda não acabou. “Mais importante do que a vacina é manter os cuidados, não aglomerar e respeitar as regras”, ressaltou.
A secretária ainda lembrou que não adianta existirem ações dentro dos municípios para alterar o plano de vacinação, pois todas as regras vêm do governo federal, do Ministério da Saúde, e as prefeituras devem somente seguir o roteiro estabelecido. “Temos orgulho em dizer que o município de São Bento não vacinou nenhuma pessoa fora do sistema”, enfatizou.
Carmen ainda lembrou que o sistema de distribuição de vacinas é um dos mais vigiados do Brasil atualmente, e por isso irregularidades vão aparecer, cedo ou tarde. No caso de São Bento do Sul, ela diz que tudo sempre será seguido à risca conforme as determinações do Ministério da Saúde.
Viviane de Vargas Miranda
Assessoria de Comunicação Prefeitura de São Bento do Sul
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